Maria Fernanda Espinosa, eleita 73.ª presidente da Assembleia-geral da ONU a 05 junho de 2018 e que é a primeira mulher latino-americana a dirigir tal órgão, será uma das participantes da Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e do Fórum da Juventude “Lisboa+21″, que vai reunir até domingo na capital portuguesa centenas de responsáveis governamentais pela área da juventude, de jovens e de organizações internacionais.

Segundo a organização da conferência, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, intervêm na sessão de abertura, enquanto o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o primeiro-ministro português, António Costa, encerram os trabalhos.

A par da conferência internacional, Maria Fernanda Espinosa, que deixará o cargo de presidente da Assembleia-geral da ONU no próximo mês de setembro, será recebida por Marcelo Rebelo de Sousa e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, segundo indicou fonte do gabinete da representante.

Numa nota enviada às redações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou a reunião, na sexta-feira, entre o chefe da diplomacia portuguesa e Maria Fernanda Espinosa.

“No encontro serão abordados temas de relevância internacional, como a Agenda 2030, os oceanos, a importância do multilateralismo, as alterações climáticas, bem como assuntos específicos da Organização das Nações Unidas”, indicou a breve nota.

À margem dos encontros oficiais, e segundo o gabinete da representante, a agenda da visita de Maria Fernanda Espinosa a Lisboa poderá incluir ainda um almoço com o antigo Presidente da República e fundador da Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios Jorge Sampaio num restaurante de comida síria localizado na capital portuguesa, para discutir a temática dos refugiados, da educação e dos jovens, bem como uma visita ao Oceanário.

Maria Fernanda Espinosa, antiga ministra das Relações Exteriores do Equador, é a quarta mulher a presidir a Assembleia-geral em 73 anos de história das Nações Unidas.

Os poderes do presidente da Assembleia-geral incluem a supervisão do orçamento da ONU, a nomeação dos membros não-permanentes para o Conselho de Segurança e a condução do processo de nomeação do secretário-geral da ONU, segundo informações disponíveis no ‘site’ da organização internacional.

Outras atribuições incluem receber relatórios de outras áreas das Nações Unidas, fazer recomendações na forma de resoluções, bem como estabelecer vários órgãos subsidiários, de acordo com a mesma fonte.