Há diversas aldeias inundadas e muitos campos agrícolas submersos.

Na província de Sofala, cerca de 700 famílias - entre 3.500 a 4.000 pessoas - já foram registadas, mas a contagem ainda decorre em três centros de acolhimento na zona de Nhamatanda, anunciou a diretora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Luísa Meque.

"São dados preliminares porque continuamos a trabalhar para saber o número exato", referiu aquela responsável numa visita ao local.

As autoridades locais estimam que os números sejam superiores.

Não há registo oficial de mortos, mas há o relato de pelo menos uma criança desaparecida, de acordo com o levantamento que ainda decorre.

Estima-se que cerca de 8.000 hectares de culturas de subsistência estejam submersos.

"A água entrou [na povoação] na noite de quinta-feira", contou Helena João, uma das residentes que fugiu com quatro filhos, deixando para trás os produtos da horta e outros que lhes deveriam garantir alimento.

"Milho e arroz, foi tudo com a água", descreveu.

Manuel Joaquim, outro residente, lamentou o cenário, numa altura em que a população ainda tentava "recuperar do estrago causado pelo ciclone Idai", há um ano.

O alerta de inundações foi lançado a nível nacional pelas autoridades na quarta-feira e replicado a nível local, referiu o morador, que disse ter sido avisado da abertura de comportas de barragens na região.

Além de comida, para o imediato, a população pede sementes para plantar depois da época das chuvas.

A atual época das chuvas em Moçambique, de outubro a abril, já matou 54 pessoas e afetou cerca de 65 mil, muitas com habitações inundadas, segundo dados do INGC.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois ciclones (Idai e Kenneth) que se abateram sobre Moçambique.

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