“O número de pessoas nos campos humanitários agora é de 1.028.000″, distribuídos por mais de 3.000 centros, disse à Agência France Presse Subhash T.V., porta-voz do governo local.

Na segunda-feira, foram descobertos seis corpos, elevando o número de mortos para 410 desde o início da monção, uma das mais graves em 100 anos naquele estado do sul da Índia.

Em Chengannur, uma das cidades mais afetadas, a água ainda está com 60 centímetros de altura, continuando a bloquear muitas estradas.

A chuva continua a cair na região, mas em menor quantidade.

Segundo o exército indiano no terreno, vários milhares de pessoas ainda estão em casas inundadas na cidade.

De acordo com um oficial que não quis ser identificado, a maioria dessas pessoas não deseja ser resgatada, mas apenas receber comida e beber água.

De acordo com Shashi Tharoor, deputado parlamentar de Kerala e ex-funcionário da ONU, as chuvas causaram a destruição de 50 mil casas.

Milhares de soldados do Exército, da Marinha e da Força Aérea foram mobilizados para resgatar aqueles que estão isolados pelas águas.

A contaminação de fontes de água potável e as más condições de higiene fazem as autoridades temerem o surgimento de doenças e já há equipas de saúde no terreno a monitorizar a situação, esclareceram as autoridades.

Os danos causados pelas inundações estão estimados, até ao momento, em três mil milhões de dólares (cerca de 2,6 mil milhões de euros).

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, já prometeu que vão ser disponibilizados 70 milhões de dólares (cerca de 61 milhões de euros) para ajudar a colmatar as consequências das cheias.

O estado de Kerala, procurado pelos turistas devido às praias rodeadas de palmeiras e às plantações de chá, é afetado anualmente por fortes chuvas na época das monções.