O tribunal distrital de Tóquio decidiu que o ex-presidente da Tokyo Electric Power (TEPCO) Tsunehisa Katsumata, de 79 anos, e dois antigos executivos da operadora nipónica Sakae Muto e Ichiro Takekuro não podem ser considerados culpados pelas consequências do desastre.

Em 2017, no arranque do julgamento, os três pediram desculpa, mas afirmaram que não era possível antecipar o acidente nuclear, provocado pelo forte sismo seguido de um ‘tsunami’, a 11 de março de 2011.

A acusação exigia uma pena de prisão de cinco anos para cada um, por não terem tomado as medidas suficientes, apesar de conhecerem os riscos.

Após o desastre nuclear em Fukushima, o Japão reduziu o parque nuclear de 54 para 42 unidades, compensando esta redução com a exploração de centrais térmicas e um pequeno aumento na quota da eletricidade a partir de fontes renováveis de energia.

Aproximadamente 52 mil pessoas continuam ainda deslocadas devido àquele que foi o segundo pior acidente nuclear civil de sempre, depois do desastre de Chernobil, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986.

A onda gigantesca criada pelo violento sismo de 9 de magnitude em 11 de março de 2011 submergiu as instalações, a eletricidade foi cortada, os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, levando à fusão do combustível do núcleo de três dos seis reatores. As explosões de hidrogénio destruíram parte dos edifícios da central.

Só em maio de 2011, dois meses depois do acidente, a TEPCO usou a expressão “fusão do núcleo” do reator.

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