À saída de um conselho extraordinário, o executivo de Adel Abdel Mahdi anunciou um decreto com 17 medidas sociais, que vão da ajuda ao alojamento à atribuição de pensões aos jovens sem emprego.

Aprovaram-se ajudas de 175.000 dinares (à volta de 136 euros) durante três meses para 150.000 desempregados e pessoas sem possibilidade de trabalhar e decidiu-se o lançamento de um programa de formação para 150.000 desempregados.

Foi ainda decidida a construção de 100.000 habitações, depois de em setembro as autoridades locais de várias regiões do país terem iniciado a destruição de casas situadas em bairros clandestinos, onde vivem três milhões de iraquianos, que construíram sem autorização em terrenos do Estado.

O executivo ordenou também a instalação de espaços para os vendedores ambulantes, numa tentativa de criar empregos, nomeadamente entre os jovens, dos quais um quarto está desempregado no Iraque.

O desemprego dos jovens é a primeira reivindicação dos protestos que decorrem há quase uma semana e uma questão sensível no Iraque, onde um jovem se imolou em setembro em Kut (sul) após lhe ter sido confiscado o seu carrinho de venda ambulante.

Além disto, as autoridades, que acusam “sabotadores” e “homens armados não identificados” infiltrados de dispararem sobre os manifestantes e as forças de segurança, anunciaram que registaram as pessoas mortas nos protestos na lista de “mártires”, o que dará aos seus familiares o direito de pedir indemnizações.

De acordo com a Comissão governamental dos Direitos Humanos, pelo menos 99 pessoas foram mortas e perto de 4.000 ficaram feridas durante os protestos exigindo emprego, serviços públicos e o combate à corrupção.