“Concluímos a parte mais importante da operação Ramo de Oliveira, entrar na cidade de Afrine. Agora vamos prosseguir até à destruição total desse corredor constituído por Minbej, Aïn al-Arab (o nome árabe de Kobani), Tel Abyad, Ras al-Aïn e Qamichli”, disse Erdogan num discurso em Ancara, ao enumerar diversas localidades sírias ao longo da fronteira com a Turquia, com maioria de população curda e controladas pelas milícias locais Unidade de Proteção Popular (YPG).

Em paralelo, advertiu que as tropas turcas poderiam desencadear “em qualquer noite”, uma ofensiva nas montanhas de Sinjar, no noroeste do Iraque, sob controlo do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda ativa na Turquia.

O exército turco conduz desde 20 de janeiro uma ofensiva contra a milícia curdo-síria das YPG, que considera “terrorista”, tendo assumido domingo o controlo de Afrine, a cidade capital do enclave que os combatentes curdos dominavam no noroeste da Síria.

Segundo Ancara, as YPG mantêm ligações com o PKK, que combate o Estado turco há mais de 30 anos, mas têm sido também apoiadas pelos Estados Unidos na luta contra os ‘jihadistas’ na Síria.

Depois de Washington ter anunciado a criação de uma “força fronteiriça” no norte da Síria, que integraria combatentes curdos, Ancara lançou a 20 de janeiro uma ofensiva terrestre e aérea, com a participação de forças rebeldes sírias locais que também pretendem controlar estas regiões.