Segundo a agência AP, após ter declarado que as relações entre os dois países estavam totalmente cortadas, a Coreia do Norte ameaçou na semana passada desencadear ações militares não especificadas contra o Sul.

A Coreia do Norte censurou ainda Seul pela falta de progresso na cooperação bilateral e por não ter travado ativistas contra Pyongyang de enviar folhetos pela fronteira.

A Agência Central de Notícias da Coreia do Norte revelou que Kim Jong-un presidiu na terça-feira a uma reunião da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, onde anunciou a suspensão dos planos militares contra a Coreia do Sul que tinham sido apresentados pelos líderes militares de Pyongyang.

O órgão de comunicação estatal não especificou a razão da decisão.

A Coreia do Norte costuma aumentar a pressão contra o país do Sul quando não consegue o que quer dos Estados Unidos.

As últimas reações do Norte surgiram depois de meses de frustração pela falta de vontade de Seul em desafiar as sanções aplicadas pelos Estados Unidos sobre o programa de armas nucleares.

Outro dos motivos é o facto de Seul não reiniciar os projetos económicos inter-coreanos que permitiriam à economia do Norte recuperar.

As negociações acerca das armas nucleares entre Pyongyang e Washington não foram bem-sucedidas após a segunda reunião entre o líder norte-coreano e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no ano passado no Vietname.

Os norte-americanos rejeitaram as exigências da Coreia do Norte em reduzir grande parte das sanções em troca de uma redução parcial das suas capacidades militares.