“Alguns desconhecidos atearam fogo ao prédio do consulado iraniano em Najaf, mas o incêndio não foi tão grande como o anterior”, indicou uma fonte do Ministério do Interior do Iraque à agência de notícias espanhola Efe.

As equipas de defesa civil foram chamadas “de imediato” ao local e conseguiram extinguir o incêndio, o terceiro contra instalações diplomáticas iranianas desde 01 de outubro e o segundo esta semana.

Na quarta-feira, manifestantes iraquianos contra a corrupção generalizada e a falta de serviços básicos no Iraque destruíram o consulado iraniano na cidade de Najaf e pelo menos 33 pessoas ficaram feridas quando a polícia disparou para impedir a entrada no edifício.

Os funcionários iranianos não sofreram ferimentos e conseguiram sair do local, mas o Governo do Irão condenou o ataque e exigiu ao Iraque “uma ação decisiva, eficaz e responsável contra os agentes e agressores”.

O consulado iraniano de Karbala, cidade iraquiana que, tal como Najaf, é sagrada para os xiitas, também já tinha sido atacado por uma multidão, que queimou o portão do edifício, enquanto manifestantes atiravam bombas de gasolina e subiam os muros, agitando bandeiras do Iraque.

Os protestos que têm abalado o Iraque desde 01 de outubro têm ocorrido sobretudo nas praças Tahrir e Khilani, na capital iraquiana, mas também nas províncias predominantemente xiitas do sul.

Em alguns dos protestos, que já levaram à demissão do primeiro-ministro, Adel Abdelmahdi, as manifestações voltaram-se contra o Irão, predominantemente xiita e acusado de dominar as cidades xiitas do Iraque e de influenciar o Governo iraquiano.