Equipas de resgate disseram à agência de notícias France-Presse (AFP) que os ataques lançados pelas Forças de Defesa de Israel causaram nove mortes na “família Al Attar” e sete na “família Keshta”, no domingo à noite.

Uma fonte hospitalar confirmou à AFP o número de mortes dos dois ataques, acrescentando que os alvos foram uma casa “no campo de refugiados de Yebna em Rafah” e outra “nos arredores de Al Salam", um bairro da cidade.

A agência de notícias palestiniana Wafa disse que Israel lançou esta madrugada ataques contra um total de dez casas em vários bairros de Rafah, causando a morte de pelo menos 21 pessoas, incluindo oito crianças.

De acordo com o jornal palestiniano Falastin, a Proteção Civil da Faixa de Gaza indicou que as equipas de resgate ainda estão no terreno e poderá haver mais de uma dezena de pessoas sob os escombros.

Horas antes, as brigadas Ezzedine al-Qassam - braço armado do Hamas – lançaram dezenas dezena de mísseis na zona de Kerem Shalom, o principal ponto de passagem de ajuda humanitária para Gaza, perto de Rafah.

O ataque causou a morte de três soldados israelitas e ferimentos em mais 12 soldados, três dos quais se encontram em estado grave, indicaram as forças israelitas.

Em resposta, o exército israelita anunciou o encerramento da passagem de Kerem Shalom, que liga o sudeste da Faixa de Gaza ao território israelita e na fronteira entre o enclave palestiniano, Israel e o Egito.

O ataque teve lugar enquanto decorriam negociações no Egito, sob mediação internacional, sobre um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, no poder no enclave desde 2007.

A 07 de outubro, um ataque do Hamas no sul de Israel causou perto de 1.200 mortos, na maioria civis. O movimento islamita fez mais de 250 reféns, dos quais 128 permanecem em cativeiro em Gaza e 35 terão morrido, de acordo com dados israelitas.

Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma vasta ofensiva na Faixa de Gaza, que já causou mais de 34.600 mortos, na maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano.

O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.