Zacatecas enfrenta um aumento de atos violentos após a captura recente de criminosos, de acordo com autoridades.

"Foi atendida a ocorrência da descoberta de nove corpos sem vida, que correspondem a indivíduos do sexo masculino", informou o Ministério Público de Zacatecas num breve comunicado, sem dar mais detalhes.

E "em relação aos eventos registados em 7 de maio, no município de Fresnillo, [...] informa-se que foram identificadas cinco vítimas, que já foram entregues às suas famílias", conclui a nota.

Ao lado desses últimos corpos foram encontradas "mensagens dirigidas a um grupo antagónico", disse, por sua vez, o secretário de governo do estado de Zacatecas, Rodrigo Reyes.

Os cadáveres foram abandonados perto de um mercado dois dias após grupos criminosos terem bloqueado estradas e queimado veículos de carga em resposta à captura de 13 supostos criminosos em Fresnillo.

O México acumula cerca de 450 mil homicídios e mais de 100 mil desaparecidos desde que, em 2006, o Estado lançou uma ofensiva de combate às drogas com participação militar.

A falta de segurança é um dos eixos da campanha para as eleições presidenciais de 2 de junho. A candidata da coligação de esquerda, Claudia Sheinbaum, lidera as intenções de voto, à frente da opositora de centro-direita Xóchitl Gálvez e de Jorge Álvarez Máynez (centro-esquerda).

Sheinbaum pretende dar continuidade ao enfoque do presidente Andrés Manuel López Obrador, que, segundo ele, privilegia a atenção às causas da violência, como a pobreza e a exclusão, à guerra frontal contra os cartéis.

Por outro lado, Gálvez promete capturar os grandes líderes do crime e, assim, pôr fim à estratégia de "abraços, e não disparos", como López Obrador batizou a sua política de segurança.